Mostrando postagens com marcador ecologia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ecologia. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Eco Turismo no Paraná

De acordo com o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC), o estado do Paraná contabiliza 90 Unidades de Conservação. Juntas, estas áreas preservam grandes remanescentes da Mata Atlântica, sua fauna e flora nativas. Apesar do fato de que nem todas as unidades estão abertas à visitação, dentre as que abrem as portas para o público, não faltam ótimas opções. Confira abaixo a lista do WikiParques com 08 unidades que valem a pena a conhecer no território paranaense:

Parque Estadual da Ilha do Mel: localizado no litoral paranaense, o acesso à Ilha do Mel é feito apenas via barco. Criado em 2002, a área do parque corresponde à 12% da ilha e, junto com a Estação Ecológica (ESEC) da Ilha do Mel, protege diversas praias e áreas remanescentes de Mata Atlântica. Um dos atrativos do Parque Estadual da Ilha do Mel é a Gruta das Encantadas e o Farol das Conchas. O parque abre diariamente e a entrada é gratuita. (foto: Antonio Sergio Barbosa da Silva)

Parque Nacional do Iguaçu: criado em 1939, o lar das famosas Cataratas do Iguaçu, está presente na lista da UNESCO de Patrimônios Naturais da Humanidade e é um dos parques mais visitados do Brasil. Próximo à fronteira com a Argentina, o Parque Nacional do Iguaçu movimenta a cidade paranaense de Foz do Iguaçu e recebe visitantes o ano inteiro, das 09h00 às 17h00. O ingresso custa R$40, mas brasileiros pagam metade.(f oto: Glaucia Cabral)

Parque Estadual Pico do Paraná: o maior pico da região Sul do Brasil empresta seu nome a este Parque Estadual, criado em 2002. O desafio para chegar ao topo do Pico Paraná, de 1.877 metros, atrai montanhistas que decidem encarar a escalada. . Este é apenas um dos cumes igualmente imponentes que compõe o cenário da Serra do Mar paranaense. A visitação no parque é gratuita.( foto: Rennan Vieira)

Reserva Natural de Salto Morato: a Reserva Natural de Salto Morato está localizada dentro da APA de Guaraqueçaba, no litoral norte do Paraná. Dentro do seu território está a famosa cachoeira de Salto Morato, que impressiona com seus mais de 100 metros de altura. Apesar de ser uma RPPN, a Reserva segue os padrões de um parque nacional. A visitação é aberta de terça à domingo, das 08h00 às 17h30. O ingresso custa R$10, com direito à meia-entrada para estudantes e doadores de sangue, e gratuidades para maiores de 60, menores de 10 e moradores do município de Guaraqueçaba. Para quem quiser fazer o pernoite por lá, existe um camping disponível dentro da unidade. (foto: Murilo Teixeira)

Parque Estadual do Pau-Oco: quem visita o Parque Estadual do Pau-Oco, localizado no município paranaense de Morretes, tem parada obrigatória na cachoeira Salto da Fortuna, acessível por trilha de cerca de 45 minutos. Com cerca de 50 metros de queda, a cachoeira forma uma piscina natural na sua base que torna um mergulho irrecusável. No parque também é possível conhecer o Caminho Colonial do Arraial, a primeira ligação entre o litoral e o planalto. O parque abre diariamente e a entrada é gratuita. (foto: Ceusnei Simão)

Parque Estadual Pico do Marumbi: com quase 9 mil hectares de extensão, o Parque Estadual Pico do Marumbi protege uma importante área remanescente de Mata Atlântica, e oferece atrativos para todos os gostos, de banhos em cachoeiras à trilhas e escaladas. Dentro do parque está o Conjunto Marumbi, que inclui nove picos e é considerada a rota de montanhas mais difícil do Paraná. O ponto mais alto, Olimpo, está a 1.539 metros de altitude e oferece uma visão da Serra do Mar digna da morada dos deuses. Seu nome, entretanto, é apenas uma homenagem ao primeiro montanhista que alcançou seu cume, Joaquim Olimpio. A entrada é gratuita e o parque funciona de quarta à segunda, e feriados, de 08h30 às 18h00. (foto: Anderson Mequelusso)

Parque Nacional Marinho das Ilhas dos Currais: primeiro parque marinho do Paraná, o Parque Nacional Marinho das Ilhas dos Currais corresponde a três pequenas ilhas do litoral paranaense que servem de reduto para mergulhadores que buscam desbravar a beleza dos quatro recifes da região. Criado em 2013, o parque ajuda na proteção do mero, espécie de peixe ameaçada de extinção. (foto: Robin H. Loose)

Parque Estadual da Vila Velha: importante sítio geológico, o Parque Estadual da Vila Velha  abriga formações rochosas que encantam os visitantes, como a Taça e o Camelo, nomeadas pela imaginação de quem vê nas rochas estas figuras. No setor Furnas do parque, o visitante encontra as grandes crateras cobertas com vegetação nativa e a Lagoa Dourada. Criado em 2002, a  área do parque foi tombada pelo Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado em 1966. Aberto de quarta à segunda, das 08h30 às 15h30, o ingresso custa R$18 para brasileiros e R$25 para estrangeiros, com meia-entrada para estudantes e residentes locais, e gratuidade para maiores de 60, deficientes e crianças até seis anos. (foto: Altair Abreu) 
 Matéria por Duda Menegassi para ((o))eco


quarta-feira, 26 de julho de 2017

Reciclar e reaproveitar

Cerca de 25 mil lares de baixa renda nas Filipinas foram iluminados depois do lançamento de um sistema que produz “lâmpadas solares” feitas de garrafas de plástico.
Em um país onde 40% da população vive com menos de 2 dólares por dia, o custo crescente de energia impede que muitos possam pagar pela eletricidade. Há quem use velas como fonte de luz, mas quando gerações de uma mesma família dividem, nas favelas, um espaço pequeno e escuro, incêndios acidentais e destrutivos acontecem com frequência.


O esquema usa garrafas de plástico preenchidas com uma solução de água esbranquiçada, instaladas em buracos feitos nos tetos de ferro corrugado. Por refração, as garrafas produzem, durante o dia, o equivalente a 55 watts de luz solar para dentro do cômodo. Leva 5 minutos para fazer, usando um martelo, rebite, folhas de metal, lixa e epoxy. Cada uma custa 1 dólar.
A ideia de usar garrafas plásticas como fonte de luz não é nova - foi desenvolvida no Brasil por Alfredo Moser, em 2002. Mas com a ajuda de um grupo de estudantes do MIT, esse bulbo solar usado na Filipinas foi adaptado de acordo com as necessidades locais.
A fundação My Shelter e o empreendedor social Ilac Diaz explicam: “O que nós fizemos foi um fecho unidirecional barato, usando uma folha de metal. Uma vez posto na garrafa, ela não escorrega nem cai mais. Mesmo que o telhado se expanda ou se contraia com o calor, isso não afetará a vedação a prova de água e manterá a garrafa em perfeito estado por anos a fio”. Diaz acredita na importância de usar tecnologias verdes apropriadas para os países pobres: O desafio do mundo em desenvolvimento é chegar ao seu próprio modelo de limitar emissões de carbono – nós não temos dinheiro para comprar soluções importadas, patenteadas ou manufaturadas nos países ricos e também não podemos esperar até que elas se tornem acessíveis ao nosso bolso”. - esse artigo foi publicado através da Guardian Environmental Network, da qual ((o))eco faz parte 




quinta-feira, 22 de junho de 2017

Vamos "guerrear"?

Recebi ontem, por e-mail, a convocação para uma Guerra Verde. O "inventor" desta ideia genial foi um japonês, Sr. Masanobu Fukuoka. Achei a ideia sensacional e convoco todos os meus amigos a alistar-se! Você deve passar diariamente por praças e canteiros totalmente abandonados, sem uma única flor, não é? Locais que precisem urgentemente de algum verde serão o alvo de nossas “bombas” de sementes!
É fácil fazê-las:
1 . Misture num balde 2 partes de sementes, 3 de adubo vegetal (não pode ser usado esterco animal) e 5 partes de argila em pó.
2 . Jogue água e misture até formar uma massa úmida. Enrole bolinhas de cerca de 2 centímetros e deixe secar as bolas de sementes à sombra, entre 1 a 2 dias. As “bombas” podem ser usadas imediatamente, ou armazenadas em local seco para uso posterior.
3 . Saia pelas ruas e jogue cuidadosamente essas bolinhas em canteiros e praças degradadas. Não é necessário enterrá-las, pois, com a chegada da chuva a cobertura de terra se desfaz e as sementes começam a germinar.
4 . As "bombas" carregam nutrientes suficientes para que os brotos comecem a crescer em solo pobre - é só esperar as próximas chuvas.
Vamos “guerrear”!


terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Turismo e preservação

O Parque das Neblinas é exemplo de preservação e regeneração natural de um dos biomas mais vulneráveis do país, a Mata Atlântica.
Localizado entre os municípios de Mogi das Cruzes e Bertioga (SP), o Parque das Neblinas é uma reserva privada com 6,1 mil hectares, gerida pelo Instituto Ecofuturo. Nas décadas de 1940 e 1950, boa parte da vegetação original da região foi transformada em carvão, destinado à siderurgia e, em seu lugar, eucaliptos foram plantados para o mesmo fim, sendo posteriormente usados para a fabricação de celulose.
Porém, no fim da década de 1980, teve início a introdução de diferentes técnicas de manejo florestal e estratégias de restauração da vegetação nativa, incorporadas à produção do eucalipto, com foco na conservação da biodiversidade, do solo e de recursos hídricos, possibilitando expressivos ganhos ambientais. Com isso, o Parque se tornou uma prova de que é possível recuperar a floresta e proteger a fauna e flora. Atualmente, a área possui mais de 1.400 espécies da biodiversidade identificadas e foi reconhecida pelo Programa Homem e Biosfera da UNESCO como posto avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.


Localizado ao lado do Parque Estadual da Serra do Mar, o Parque das Neblinas está aberto à visitação e é uma opção próxima à cidade de São Paulo. Desde que foi aberto ao público, em 2004, o local já recebeu mais de 30 mil pessoas e oferece atividades como trilhas autoguiadas e passeios de caiaque. Além de visitação e manejo florestal, são desenvolvidos programas de pesquisa científica, conservação da biodiversidade, educação socioambiental e participação comunitária.
O agendamento das visitas deve ser feito com antecedência, pelo tel. 4724-0555, de segunda à sexta-feira, das 8h00 às 17h00, ou no e-mail parquedasneblinas@ecofuturo.org.br. Para mais informações sobre o Parque das Neblinas e o Instituto Ecofuturo, visite www.ecofuturo.org.br_______matéria de Rafael Ferreira e f oto de Lucas Andrade para ((o))eco

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Energia elétrica: mitos e verdades

Pequenas mudanças nos hábitos diários e uso dos aparelhos eletrodomésticos podem reduzir a sua conta de luz no final do mês. A importância de controlar o consumo está não apenas em economizar dinheiro, mas também em evitar o desperdício.
Para esclarecer os dez principais mitos e verdades enviados pelos leitores, ((o)) eco conversou com o professor Garcia e também com o especialista em economia de energia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), professor Gilberto Jannuzzi.


As lâmpadas fluorescentes são mais econômicas do que as incandescentes (amarelas)? E as lâmpadas de LED?
Numa escala de mais a menos econômicas e eficientes, os especialistas destacam as lâmpadas de LED, em primeiro lugar, seguidas das fluorescentes – compactas e tubulares, e, por último, as incandescentes.

Computadores: o que gasta menos energia, deixar ligado 24h ou ligar e desligar cada vez que vai usar? E com o monitor do computador, é o mesmo procedimento?
Se o tempo de pausa entre um uso e outro do computador for pequeno, em torno de 15 minutos, por exemplo, não vale à pena ligar e desligar todos os componentes. Apenas desligar o monitor, que consome bastante energia, já ajuda na economia. Agora se as pausas entre os usos forem longas, mais de uma hora, os especialistas aconselham desligar tudo. Se puder optar entre um computador e um laptop ou notebook prefira esses últimos, que são muito mais econômicos.

O chuveiro é mesmo o vilão da conta de luz?
A característica dos chuveiros elétricos é consumir muita eletricidade em um período curto de tempo. Com o chuveiro no modo inverno, a média de consumo desse equipamento costuma responder por cerca de 1/3 do consumo de eletricidade de uma residência. Para economizar é preciso tomar banhos mais curtos ou ter outro sistema para aquecer a água, como a energia solar. A energia solar pode ser uma opção eficiente.

O microondas também é um dos grandes consumidores de energia elétrica em casa?
O microondas é outro exemplo de aparelho com grande potência, mas com curto período de utilização. A menos que se tenha o mau hábito de usá-lo para cozinhar, em vez de só para aquecer, seu consumo não é tão alto.

Abrir a geladeira várias vezes ao dia gasta mais energia?
O grande problema nessa questão da abertura da geladeira é muito mais o tempo que se gasta com ela aberta do que a quantidade de vezes que se abre a porta. Claro que a cada abertura há uma troca de calor do interior do equipamento com o ambiente, que está mais quente, e se gasta mais energia para resfriá-la em seguida. Dessa forma, quanto menos tempo a porta for mantida aberta, mais economia de energia será feita.

Ao usar o ferro de passar roupa, é melhor passar muitas peças a cada vez ou todo dia passar uma peça?
A maior parte da energia gasta ao passar a roupa é na hora de esquentar o ferro. Uma vez que o ferro esteja quente é melhor passar a maior quantidade possível de roupas.

Os aparelhos que mantemos plugados na tomada, mesmo quando desligados, continuam gastando energia?
É verdade! A melhor opção de economia é desconectar os aparelhos da tomada, pois mesmo os melhores equipamentos, nessa situação, consomem 1 watt/hora. O apelido desse desperdício é “energia vampira” e ela já preocupa os responsáveis pelas políticas energéticas.
reportagem de Flávia Moraes do site ((o))eco 


quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Ecologia e turismo

Você sabe que só amamos o que conhecemos e só conservamos o que amamos, né? O Pantanal é o maior bioma brasileiro, a maior planície alagável do mundo! E, também o menos conhecido por nós brasileiros... 
Tem vontade de conhecer o Pantanal, mas não sabe por onde começar? Confira a lista abaixo e não esqueça: na mala não pode faltar tênis confortáveis, boné ou chapéu, protetor solar e repelente… E, é claro, muita disposição!


Pra começar, uma das melhores opções é visitar a Estrada Parque que possui 120 km de extensão entre as cidades de Corumbá e Miranda e oferece dezenas de pontes para parar e observar os animais da região como jacaré, paca, capivara, tamanduá, macaco, quati e, se der sorte, até onça. A sugestão é ir com um tour organizado com guia, porque o passeio fica mais rico. Mas se quiser ir dirigindo o ideal é alugar um 4×4, pois em algumas épocas do ano – normalmente de janeiro a junho, a estrada pode conter partes alagadas. Esse é um passeio que pode ser demorado (cerca de quatro horas), e como todo o trecho é de estrada de chão a dica é reservar o dia e não esquecer a água, repelente e um lanchinho.

Ir ao Pantanal e não passear de barco é como ir ao Rio de Janeiro e não visitar o Cristo Redentor! E opções não faltam. Há desde os barcos luxuosos, com refeições incluídas até os barcos a remo em que cabem poucas pessoas. As embarcações menores são mais genuínas e o passeio fica mais interessante com aquele barqueiro pantaneiro que tem os olhos treinados para mostrar os jacarés e belas aves do Pantanal.

A focagem noturna é outro passeio imperdível! De barco ou de carro, o objetivo é visualização de animais como jacarés, cervos, lobos, e, é claro, as famosas onças! Muitos desses animais têm hábito noturno, o que facilita achá-los, e quando isso acontece, a emoção é muito grande. Essa modalidade demora em torno de 2h30 e é mais focada nos adeptos de aventura! Várias pousadas fazem esses passeios nas trilhas das propriedades ou em rios próximos. Vale a pena conferir!

Para encerrar a nossa lista em alto estilo está o passeio a cavalo, que, segundo os pantaneiros, é a melhor forma de conhecer a região. Opções não faltam. As diversas pousadas e empresas de turismo oferecem a atração. Com cerca de duas horas os trajetos são por áreas alagadas, pastos, campos abertos, cordilheiras, corixos e lindas paisagens pantaneiras. Os cavalos são bem tratados e obedientes. Esse é um passeio obrigatório! Nada como se sentir um pouquinho pantaneiro, não é mesmo?
matéria de Rafael Ferreira para ((o))eco 
Fotos: Valdemir Cunha; Daniel de Granville; Haroldo Palo Jr. 


quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Evite o desperdício!

Um terço da comida do mundo vai para o lixo... Só no Brasil 49 milhões de quilos de comida vão para o lixo todos os dias!
Milhões de pessoas passem fome ao redor do globo, e ainda assim, um terço de toda a comida produzida no mundo se perde ou é desperdiçada a cada ano. De acordo com o relatório da FAO, a quantidade de alimentos perdidos é praticamente igual nos países ricos e nos em desenvolvimento, o que muda é o padrão do desperdício: nas nações mais pobres as perdas decorrem basicamente da infraestrutura deficiente e dos baixos níveis de tecnologia para colheita, processamento e distribuição dos produtos. Já nos países ricos o principal problema é que muitos alimentos em perfeito estado são jogados no lixo pelas redes varejistas e consumidores. Anualmente, a população desses países joga fora quase tanta comida quanto a que é produzida em toda a África subsaariana.
Além de representar grande contradição em relação ao grave problema da fome no mundo, o desperdício de alimentos aumenta o gasto de recursos - como água, terras, energia e trabalho, utilizados na sua produção. Uma pesquisa recente do Reino Unido mostra que, por ano, a quantidade de água despendida no cultivo de alimentos que nem chegam a ser consumidos é duas vezes maior que a utilizada para lavar e beber, por exemplo.
Faça a sua parte para reduzir o desperdício de comida: faça a tradicional listinha dos itens em falta antes de ir ao supermercado; compre somente a quantidade de comida e bebida que estima que será realmente consumida; não se deixe seduzir por promoções do tipo “leve 3 pague 2”; na feira, prefira legumes com um pouco de terra, pois duram mais. Só os lave na hora do preparo; aproveite os alimentos integralmente: talos de couve, beterraba, brócolis e salsa, por exemplo, contêm muitas fibras e podem ser consumidos refogados, no feijão ou em sopas. Folhas de cenoura são ricas em vitamina A e podem ser aproveitadas para fazer bolinhos, sopas ou mesmo em saladas.
Luana Caires de ((o))Eco


quarta-feira, 2 de novembro de 2016

A maior reserva marinha do mundo!

Representantes de 24 países mais a União Europeia estiveram na reunião anual da Comissão para a Conservação dos Recursos Vivos Marinhos Antárticos (CCRVMA) e criaram a maior reserva marinha do mundo no Mar de Ross, na Antártica. Com isso, pelos próximos 35 anos, 1,55 milhão de Km² serão zonas livres de pesca.


O acordo que transforma o Mar de Ross em área protegida finalmente saiu do papel após cinco tentativas de proteger o local considerado como o “último oceano sem contaminação do planeta”. As águas geladas do mar Antártico recebeu o nome de Mar de Ross em homenagem ao explorador britânico James Ross.
O acordo que transforma a área em local proibido pra pescar e tem validade de 35 anos. Depois disso, será necessário que os países membros da CCRVMA decida novamente, por unanimidade, a prorrogação da reserva.
foto: NasaIce; matéria ((o))eco


quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Ecologia e acessibilidade

A Reserva Particular do Patrimônio Natural Municipal Airumã (PR) avança no caminho da inclusão e da diversidade: hoje, 26/10, a reserva inaugura uma trilha com acesso a deficientes.


Segundo a proprietária da RPPN, Terezinha Vareschi, a trilha foi planejada e construída rigorosamente dentro dos parâmetros preconizados pela NBR 9050, regra de acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), de forma a proporcionar total acesso a pessoas com mobilidade reduzida e com deficiências sensoriais.
Outra inovação da trilha está na parte interna do bosque: ela é elevada para permitir a passagem de fauna e mínima intervenção na flora. Construída em “madeira plástica - produzida a partir de resíduos de madeira e de plásticos inservíveis ao reuso humano -, o material inerte e resistente ao ataque de fungos e insetos praticamente elimina custos de manutenção.
A RPPN Airumã fica na Rua Fredolin Wolf, 3539, Curitiba (PR), onde também está sediada a APAVE (Associação dos Protetores de Áreas Verdes), presidida por Terezinha Vareschi.
matéria de Rafael Ferreira para ((o))eco


quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Ecofaxina - parte 2 - banheiro

Quem já se aventurou pelos afazeres domésticos sabe que limpar o banheiro não é das tarefas mais agradáveis, afinal ninguém gosta de recolher fios de cabelo do ralo, ficar esfregando os azulejos, a pia e meter a mão no vaso sanitário. Verdade seja dita, esse é um dos cômodos da casa que mais merece nossa atenção na hora da limpeza, mas se engana quem acha que para se livrar dos germes é preciso um arsenal de produtos químicos. É possível substituir os artigos industrializados por itens que podem ser encontrados em qualquer despensa.
Dicas para quem quer manter o banheiro limpo sem agredir o meio ambiente:

Para deixar o vaso sanitário branquinho e sem manchas, basta adicionar meia xícara de vinagre a uma colher de sopa de bicarbonato de sódio. Aplique essa mistura no vaso sanitário, deixe agir por 30 minutos e depois é só esfregar bem. O ideal é fazer esse tipo de limpeza uma vez por semana.
Para remover o mofo dos rejuntes de azulejos do banheiro, aplique uma boa quantidade de vinagre branco puro com uma escova de dentes velha. Deixe-o agir durante duas horas e, depois, lave a superfície apenas com água. A acidez do vinagre quebra moléculas de gordura e também mata bactérias e mofo.
Fios de cabelo são uma das causas mais comuns do entupimento de ralos no banheiro. Para desobstruir a passagem da água, primeiro retire todos os detritos visíveis. Então, derrame ¾ de xícara de bicarbonato de sódio do ralo seguida de meia xícara de vinagre. Lembre-se de tampar o ralo imediatamente com um pano, pois a reação dessas duas substâncias produz uma efervescência. Deixe a solução agir por 30 minutos e então jogue água fervente.
As torneiras perderam o brilho?  Para polir as torneiras, use uma solução com partes iguais de bicarbonato de sódio e vinagre, enxaguando em seguida.
Por fim, para deixar um cheirinho bom no ar, borrife uma solução de cravos-da-índia no ambiente. É só misturar álcool a um punhado de cravos. Mas, antes de utilizar, é preciso deixar essa mistura descansar por alguns dias. Além de perfumar, o aroma afasta os insetos.
Luana Caires ((o))Eco


quarta-feira, 12 de outubro de 2016

De volta para casa

Na segunda-feira, 10/10, cerca de 16 pinguins foram devolvidos ao mar na praia de Moçambique, localizada em Florianópolis. Os animais foram submetidos a um tratamento de 45 dias, que envolveu medicação, alimentação e ingestão de vitaminas para eles até que engordassem e alcançassem o peso de 3,5kg. Os cuidados ocorreram no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Parque Rio Vermelho, coordenado pela Fundação Catarinense do Meio Ambiente (Fatma). O trabalho é importante para a recuperação dos animais, uma vez que a chegada de pinguins no mar de Santa Catarina é comum nos períodos que vão de junho a outubro. Eles vêm da Patagônia, na Argentina e, no caminho, muitos se perdem e acabam adoecendo.
Por Sabrina Rodrigues para ((o))eco. Foto: Fatma/Anne C aroline Anderson


quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Ecofaxina - parte 1 - cozinha

Se você tivesse que apontar o lugar mais sujo da casa, qual seria? O banheiro? Pois saiba que a cozinha esconde mais germes e bactérias do que qualquer outro cômodo. Isso porque é nesse local que lidamos com comida e preparamos nossas carnes, que nada mais são do que carcaças de animais mortos, e, por ser úmido, esse ambiente é bastante favorável à colonização por bactérias. A esponja de lavar louça e os panos de prato, por exemplo, são uma das fontes mais infecciosas de bactérias de origem alimentar, como E. Coli e salmonela – que se escondem nos poros das buchas e dos tecidos e podem contaminar alimentos ou utensílios. Mas não precisa se desesperar e encharcar a cozinha com água sanitária.

Prevenir é melhor do que remediar: o melhor segredo para evitar a proliferação microorganismos é cuidar da sujeira assim que ela aparece. Bactérias se multiplicam em um ritmo alarmante, uma simples célula pode dar origem a mais de 8 milhões em menos de 24 horas. Portanto, se você espirrar um pouco de ovo cru ou molho de espaguete no balcão, limpe imediatamente. Se derrubar migalhas no chão, varra no mesmo instante. Limpar a cozinha à medida que você for cozinhando pode lhe custar alguns minutos a mais, porém, vai lhe poupar tempo a longo prazo. Afinal, é muito mais fácil se livrar de uma mancha de gordura no fogão enquanto ela ainda está fresca do que passar horas esfregando crostas de manchas secas.
Mas, afinal, o que fazer para remover a sujeirada sem usar produtos químicos? Água, limão, vinagre, sal e bicarbonato de sódio fazem verdadeiro milagre quando o assunto é limpeza. E o melhor: são produtos super baratos e podem ser aplicados em praticamente qualquer superfície da casa. Para remover manchas do balcão ou da geladeira, por exemplo, basta fazer uma solução de água com bicarbonato. Se quiser, adicione um pouco de suco de limão para dar um perfume cítrico.

Para as louças você pode fazer um detergente caseiro. Para tanto, basta ferver, em fogo baixo, duas xícaras de água e 1 xícara de sabão de coco ralado. Mexa até dissolver. Tire do fogo, acrescente mais seis xícaras de água duas colheres de bicarbonato de sódio, suco de dois limões e misture bem. Depois é só aplicar na louça e esfregar.
Luana Caires - ((O))Eco


terça-feira, 4 de outubro de 2016

Revolução amorosa

Francisco de Assis não ouviu o Evangelho como letra, texto, escrito, ou algo parecido; mas ouviu como fato real, paisagem concreta e a verdadeira encarnação de Alguém dentro das Sagradas Palavras. Ele ultrapassou as palavras porque as ouviu e seguiu segundo o Espírito; fez da palavra uma imagem, um projeto, um seguimento e imitação apaixonada.
Francisco foi um grande revolucionário no jeito de ser Igreja. Após uma juventude despreocupada, assumiu com radicalidade a vida em Cristo, seu Evangelho; não estava preocupado com outra coisa senão com a primazia do amor, vivido de modo encarnado e radical. Seu jeito de ser e de agir, que já conhecemos bem, atingiu o coração de todas as criaturas.
Francisco - Italia, 1182-1226 - jovem de vida faustosa e mundana, despojou-se de tudo, após converter-se ao Evangelho, para desposar a pobreza; foi inspirador e pai de “fraternidade franciscana”. Amou pobres, doentes e a natureza toda, considerando-a irmã e nossa “casa comum”. Que seu exemplo nos ensine a respeitar e proteger a natureza da ganância e da exploração insensata.
Francisco de Assis: seu amor à pobreza e seu espírito inovador são mensagem viva para nossos dias.
Frei Vitório Mazzuco


quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Alerta ecológico

A tarefa de fornecer água de boa qualidade onde ela é necessária está se tornando cada vez mais difícil em todo o mundo. Nas últimas décadas, os países têm feito investimentos em infraestrutura para aliviar a escassez, mas até agora, na maioria dos casos, a resposta a essa questão deixou de considerar o problema suscitado pela deterioração que os recursos hídricos vêm sofrendo. Para enfrentar de forma efetiva o problema da crescente crise da água será preciso vincular o seu uso à atenção ao meio ambiente.
Em muitos lugares, mesmo onde a água ainda é abundante, a destruição ambiental tornou caro demais o seu uso. Em outros que desfrutam um bom suprimento de água, ela é usada de maneira imprópria. Cerca de 700 milhões de pessoas em mais de 40 países são afetadas pela escassez. A intromissão humana nos ambientes hídricos é também um problema crescente. Até 2030 a Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que 75% da população mundial estará vivendo em áreas costeiras, pondo em risco as terras úmidas que ajudam a limpar o ambiente aquático, além de expor centenas de milhões de pessoas aos riscos relacionados com a água associados às mudanças climáticas.


O desafio é de atender às atuais necessidades de água e implantar, ao mesmo tempo, estratégias inovadoras para tomar em conta as futuras necessidades.
O grupo que mais sofre a escassez de água consiste de 45 países, dos quais 35 são da África, que tem pouca. Mesmo países ricos em água, como o Brasil ou a Tailândia, podem vir a enfrentar deficiência, ao caírem os níveis em represas e de fontes naturais. Os lençóis aquáticos subterrâneos estão cada vez mais ameaçados por exploração excessiva, fluxos ambientais inadequados e contaminação.
Faz-se necessário uma lista de prioridade para o uso da água potável, mas mesmo quando são reconhecidas, tem sido difícil converter tais prioridades em ação. Quando as autoridades se sentam à mesa para negociar a distribuição de água, o meio ambiente fica esquecido. Raramente existe apoio à recuperação de um aquífero em declínio se ainda se pode extrair água dele, à restauração de faixas úmidas protetoras ou à manutenção de um fluxo suficiente num rio, para que a fauna silvestre possa sobreviver e a intrusão salina, ser prevenida. O apoio político à reforma é muitas vezes dificultado por graves lacunas na compreensão da situação hídrica de um país.
Uma maneira de abrir uma janela de oportunidade seria apoiar processos de monitoração que mandam informações relevantes aos interessados públicos e privados. O exemplo do Brasil mostra que, tornando dados de água disponíveis para o público na internet, isso ajuda a aumentar a preocupação dos interessados, o que também ajuda a mobilizar a vontade política necessária para confrontar problemas de águas arraigados.
matéria de Vinod Thomas e Ronald S. Parker, para o Instituto Akatu


quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Pouco caso e abandono

A Ilha de Paquetá, no meio da Baía de Guanabara, tem oito belas praias. Mas seis delas estão impróprias para o lazer de seus 4.500 moradores na maior parte dos meses do ano. Em dezembro de 2013, o governo do Rio tirou da cartola uma solução para mudar essa rotina: a construção de uma tubulação de 9,5 quilômetros, ligando os dejetos da ilha à estação de tratamento de esgotos (ETE) de São Gonçalo. Uma elevatória com capacidade para bombear 100 litros de esgoto por segundo garantia o sucesso da operação. Parecia uma alternativa estranha abandonar uma antiga estação de tratamento de Paquetá, considerada problemática pela Cedae, e mandar, sob a baía, os esgotos para a cidade vizinha resolver. Mas técnicos garantiam que era a melhor solução possível – a mais barata, certamente.
Dois anos e oito meses depois, a situação é melancólica. A obra, de R$ 34 milhões, foi abandonada antes do término e o governo terá que licitar novamente o trecho terrestre do duto, em  Paquetá. Construída há 18 anos, a estação de São Gonçalo, que receberia o esgoto da aprazível ilha, continua operando com menos da metade de sua capacidade. O projeto estava no calendário de exigências do Comitê Olímpico Internacional (COI) para os Jogos Olímpicos do Rio.
O caso resume com precisão a lógica que ainda domina nas obras de saneamento na bacia da Baía de Guanabara. Perda de prazos, de dinheiro e falta de transparência são leis por aqui. O resultado não poderia ser outro: aproximadamente 18 mil litros por segundo de esgoto são despejados na Baía de Guanabara.
Emanuel Alencar para ((o))eco

Nesta sexta feira saio de férias. Retornarei no início de setembro!


quarta-feira, 10 de agosto de 2016

O último dia do ano nunca chegou tão cedo

Dia 8 de agosto de 2016 chegamos ao Dia de Sobrecarga da Terra (Overshoot Days), quando a demanda exercida pelos nossos hábitos de consumo sobre a natureza esgota o que o planeta pode restabelecer no período de um ano. Mais claro ainda? Entramos no cheque especial do planeta quase cinco meses antes do fim do ano. Os cálculos são feitos pela Global Footprint Network (EFN), organização internacional parceira da Rede WWF e que monitora a Pegada Ecológica das cidades pelo mundo.
Em 2000, o Overshoot Day aconteceu em 5 de outubro. Dez anos depois, já havia se adiantado para 31 de agosto. E agora reduziu mais 18 longos dias. Ele é calculado com base em quatro fatores-chave: o quanto nós consumimos; com qual eficiência os produtos são feitos; qual o tamanho da população do planeta; e o quanto de recursos renováveis os ecossistemas da natureza são capazes de produzir. Caso as projeções moderadas das Nações Unidas para o crescimento da população e consumo se confirmem, necessitaremos da capacidade de dois planetas para suprir nossas demandas em 2030.
A partir de 09 de agosto, e com apenas 2/3 do ano completos, passamos a operar novamente em déficit ecológico, que cobra seu preço nas formas de erosão do solo, desertificação, desflorestamento, extinção massiva de espécies, colapso no estoque de pesca e, obviamente, aumento da concentração de carbono na atmosfera, responsável pelas mudanças no clima.
A boa notícia é que há esperança. Você pode contribuir para o combate às mudanças no clima. Como? Além de cobrar o poder público por mais medidas rumo a uma economia de baixo carbono, você pode se voluntariar em uma ONG que trabalhe com o tema, como o WWF-Brasil, reduzir o uso de automóveis e o desperdício de alimentos, ou separar o lixo de sua casa, entre recicláveis e orgânicos.
Mas você pode começar de um jeito ainda mais simples: com um tuíte, ou um post em suas redes sociais, sobre o Dia de Sobrecarga da Terra. Eu te convido a inundar a internet para falar desse assunto. Vamos juntos?
Michel de Souza Rodrigues dos Santos  para ((o))eco - foto da NASA


quinta-feira, 28 de julho de 2016

Biodiesel de penas de galinha

O mundo tem um gigantesco apetite pelos produtos avícolas. A cada ano são acumulados 9 bilhões de quilos de resíduos de aves, a maior parte utilizada como alimento para animais e fertilizantes agrícolas. Centros de pesquisas dos Estados Unidos, com o apoio de empresas americanas, vêm desenvolvendo processos para a produção de biodiesel a partir de penas de galinha.
Farinha de restos de frango, incluindo penas, além dos altos percentuais de proteína e nitrogênio tem 12% de gordura, matéria-prima para a produção de biocombustível, informam os pesquisadores: uma tonelada de pena pode produzir 69 litros de biodiesel. Estatísticas mostram que a quantidade de farinha de pena gerada pela indústria avícola a cada ano poderia produzir 580 milhões de litros de biodiesel, por ano, nos EUA e 2,2 bilhões litros, por ano, em todo o mundo.
Segundo o IBGE, mais de um bilhão de frangos são abatidos a cada três meses em todo o país. O Estado do Paraná lidera a produção de frango, seguido pelo Estado de Santa Catarina e do Estado do Rio Grande do Sul. Os recordes da Região Sul do país na produção de frango também poderão gerar recordes de mobilidade no transporte público movido à pena de galinha, contribuindo para o fortalecimento da economia rural e ajudando a diminuir o inchaço das grandes cidades.
Instituições inovadoras ajudam a sociedade a despertar para soluções como o biodiesel de pena de galinha, um simples exemplo externo a ser somado a tantos outros projetos guardados como prata da casa nas prateleiras de respeitadas instituições como a Universidade Federal do Paraná, a espera de encontros entre academia e empresa, colocando o conhecimento a serviço das comunidades.
matéria de Eduardo Athayde, para o Instituto Akatu


quinta-feira, 21 de julho de 2016

Ecologia animal!

Um labrador chamado Tubby ajudou a reciclar 26 mil garrafas de plástico em seis anos no País de Gales, segundo estimativas de sua dona, Sandra Gilmore. Em suas duas caminhadas diárias, o labrador recolhe, em média, seis garrafas encontradas no chão, antes de esmagá-las com a boca. Tubby entrega todas as garrafas para sua dona, que mora no condado de Torfaen, sudeste do País de Gales, que as leva para serem recicladas. Ele desenterra as garrafas em qualquer lugar e se enfia embaixo de arbustos e até dentro d'água para pegá-las, disse a dona, de 51 anos. Eu gosto de fazer a minha parte, reciclando o máximo que posso - o Tubby me ajuda a fazer um trabalho ainda melhor.
Esse faz sua parte para salvar o Planeta! E pensar que ainda tem gente que ainda deixa suas "pets" na praia!
matéria ((o))eco


quarta-feira, 6 de julho de 2016

Consumismo insustentável

O consumismo pode ser definido como “uma orientação cultural que leva as pessoas a encontrar sentido, felicidade e aceitação por aquilo que consomem”. Em outras palavras, é muito difícil que as pessoas mudem seu comportamento em relação ao consumo, mas isso é absolutamente necessário.
Em 2006 as pessoas no mundo todo consumiram US$ 30,5 trilhões em bens e serviços, 28% a mais do que dez anos antes. Além das despesas com itens básicos, como comida e moradia, as pessoas gastam mais em bens de consumo conforme aumenta a renda. Somente em 2008, foram vendidos no mundo 68 milhões de veículos, 85 milhões de refrigeradores, 297 milhões de computadores e 1,2 bilhão de telefones celulares.
Para produzir tantos bens, é preciso usar cada vez mais recursos naturais. Entre 1950 e 2005, a produção de metais cresceu seis vezes, o consumo de petróleo subiu oito vezes e o de gás natural, 14 vezes. Atualmente, um europeu consome em média 43 quilos em recursos naturais diariamente - enquanto um americano consome 88 quilos, mais do que o próprio peso da maior parte da população.
Além de excessivo, o consumo é desigual. Em 2006, os 65 países com maior renda, em que o consumismo é dominante, foram responsáveis por 78% dos gastos mundiais em bens e serviços, mas contam com apenas 16% da população mundial. Somente os americanos, com 5% da população mundial, ficaram com uma fatia de 32% do consumo global. Se todos vivessem como os americanos, o planeta só comportaria uma população de 1,4 bilhão de pessoas. A pior notícia é que, nem mesmo um padrão de consumo médio equivalente ao de países como Tailândia ou Jordânia, seria suficiente para atender igualmente os atuais 6,8 bilhões de habitantes do planeta. Tamanha voracidade sobre os recursos naturais do planeta são evidentemente insustentáveis.
Sem uma mudança cultural que valorize a sustentabilidade não haverá esforços governamentais ou avanços tecnológicos capazes de salvar a humanidade dos riscos ambientais e de mudanças climáticas.
Fátima Cardoso, do Instituto Akatu