quinta-feira, 17 de março de 2016

O velho e amado Chico

A última grande obra na qual o Rio São Francisco foi uma espécie de cenário-personagem foi em “Grande Sertão Veredas”, do escritor mineiro João Guimarães Rosa. No livro, há um misto de amor, paixão e devoção pelo rio. O mítico e o geográfico se entrelaçam e o rio São Francisco é tratado como personagem que alicerça o enredo. Sessenta anos depois das inquietações de Riobaldo e do seu amor por Diadorim, a Rede Globo de Televisão estreia no seu horário nobre das 21h, a novela “Velho Chico”. O “São Francisco” será, pela primeira vez, cenário de uma novela, e nos 9 meses em que estiver no ar, espera-se que haja um efeito positivo e um aumento do interesse da sociedade pela região.
O Velho Chico” é uma história de amor, uma saga familiar que atravessa gerações. A novela é sobre o romance entre herdeiros de famílias rivais, que se entrelaça à trajetória de disputas por terras ao longo do rio São Francisco.
A novela será voltada para a porção do médio e do baixo rio São Francisco, uma área que abrange parte do Cerrado e da Caatinga brasileira. Para realizar uma obra cujo cenário é um rio grandioso que atravessa 5 estados do Brasil, a emissora selou uma parceria inédita com a organização ambiental Conservação Internacional (CI-Brasil), que fará a colaboração técnica de conteúdo para a novela. "Por séculos foi graças ao rio São Francisco que a vida humana pôde prosperar às suas margens. Mas as atividades humanas ganharam escalas e proporções que nem o próprio velho Chico tem sido capaz de suportar. A novela 'Velho Chico' vai transmitir mensagens que podem despertar a sociedade brasileira para a busca de um planeta mais saudável e capaz de nos prover os recursos que precisamos para viver. Está em nossas próprias mãos", diz Rodrigo Medeiros, vice-presidente da CI-Brasil.
Desde o império se planeja desviar a foz do rio São Francisco da Bahia até o Rio Grande do Norte e mitigar o flagelo das secas que periodicamente assolam o sertão nordestino. A obra, polêmica, começou a sair do papel em 2007, vendida como a salvação de 12 milhões de pessoas atingidas pela seca. Após consumir 6,5 bilhões de reais do orçamento do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), a obra ainda não aliviou a seca de ninguém. Ao contrário, o próprio São Francisco foi atingido em cheio por ela, na cabeceira do seu leito. A nascente do São Francisco, localizada na região da Serra da Canastra, secou por dois meses em 2014. Maltratado ao longo de seu percurso e sofrendo com uma seca extrema na sua parte mais preservada, 2014 foi o ano em que os ambientalistas se perguntaram se o maior rio de ponta a ponta brasileiro poderia morrer de sede. 
Por Sabrina Barbosa para ((o))eco; foto: Caiuá Franco/TV Globo

Em preparação para a Páscoa estou meditando os Mistérios da Via Sacra. Sinta-se à vontade para meditar comigo é só clicar aqui



3 comentários:

chica disse...

Tetê, comecei a assistir essa novela e estou gostando da fotografia. A história parece ser linda e cheia de tramas. E tomara mesmo abra os olhos aos maiores cuidados d preservação com esse lindo rio que também anda sofrendo! Pena! bjs, tudo de bom,chica

Anete disse...

Um rio tão lindo que precisa ser preservado... Vc me fez lembrar do livro Grande Sertão Veredas, ótimo!
Quantas vezes atravessei o "Velho Chico", sempre admirada com a sua grandeza, de perder de vista...

Um beijo e boa noite

Bell disse...

Ainda não assisti, esqueço não tenho mas o costume de ver novela.
Mas como é de época e diferente da que estava passando me bateu um certo interesse em ver.



bjokas =)