segunda-feira, 19 de setembro de 2016

O amor: quem o explicará?

O amor é limitado pela linguagem; querendo expressar certos sentimentos, somos incapazes de fazê-lo com palavras. E é penoso saber que algo tão bom e intenso não pode, e nem poderá, ser transmitido a outras pessoas. O que sinto é meu, intimamente meu, e igual não pode ser em nenhuma outra pessoa.

Acreditar que existem pessoas que conseguem exprimir, melhor que outras, o que sentem é mera ilusão. O poeta, no fundo, é um astuto ilusionista e o psicólogo, um ingênuo blefador. Espanta-nos que alguns filósofos tenham pensado nos afetos de modo lógico-matemático; alguns dizem que o amor se dá na gratificação que temos em sentir a felicidade de quem se ama e que, quando quem amamos fica feliz, nós também ficamos felizes. Esta lógica parece coerente - sou feliz com a felicidade alheia - mas aí caímos numa armadilha: deveríamos ficar felizes se a pessoa amada se torne feliz com outra pessoa... Explicar o afeto é o delírio da razão!
Mas o que sentimos, então? Poderá o amor ser explicado satisfatoriamente algum dia? Um bom cético responderia “talvez”, pois sabe que, independentemente da resposta, seguiremos existindo e, com sorte, amando!
Flávio Tonnetti e Arthur Meucci


2 comentários:

chica disse...

Lindo e acredito que nem precisamos tentar explicar o amor.Melhor, muiiiiiito melhor é vive-lo! Gostei da imagem também,1 bjs, chica

Anete disse...

Boa noite, Tetê!
O amor é gostoso de sentir... Um texto que nos faz pensar e pensar... O melhor é lembrar que Deus é amor e que o amor é o vínculo/elo da perfeição!...

Uma boa semana... Bj