O amor é limitado pela
linguagem; querendo expressar certos sentimentos, somos incapazes de fazê-lo
com palavras. E é penoso saber que algo tão bom e intenso não pode, e nem
poderá, ser transmitido a outras pessoas. O que sinto é meu, intimamente meu, e
igual não pode ser em nenhuma outra pessoa.
Acreditar que existem pessoas
que conseguem exprimir, melhor que outras, o que sentem é mera ilusão. O poeta,
no fundo, é um astuto ilusionista e o psicólogo, um ingênuo blefador. Espanta-nos que alguns
filósofos tenham pensado nos afetos de modo lógico-matemático; alguns dizem que
o amor se dá na gratificação que temos em sentir a felicidade de quem se ama e
que, quando quem amamos fica feliz, nós também ficamos felizes. Esta lógica
parece coerente - sou feliz com a felicidade alheia - mas aí caímos numa
armadilha: deveríamos ficar felizes se a pessoa amada se torne feliz com outra
pessoa... Explicar o afeto é o delírio da razão!
Mas o que sentimos, então?
Poderá o amor ser explicado satisfatoriamente algum dia? Um bom cético
responderia “talvez”, pois sabe que, independentemente da resposta, seguiremos
existindo e, com sorte, amando!
Flávio Tonnetti e Arthur Meucci
2 comentários:
Lindo e acredito que nem precisamos tentar explicar o amor.Melhor, muiiiiiito melhor é vive-lo! Gostei da imagem também,1 bjs, chica
Boa noite, Tetê!
O amor é gostoso de sentir... Um texto que nos faz pensar e pensar... O melhor é lembrar que Deus é amor e que o amor é o vínculo/elo da perfeição!...
Uma boa semana... Bj
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