O consumismo pode ser definido
como “uma orientação cultural que leva as pessoas a encontrar sentido,
felicidade e aceitação por aquilo que consomem”. Em outras palavras, é muito
difícil que as pessoas mudem seu comportamento em relação ao consumo, mas isso
é absolutamente necessário.
Em 2006 as pessoas no mundo
todo consumiram US$ 30,5 trilhões em bens e serviços, 28% a mais do que dez
anos antes. Além das despesas com itens básicos, como comida e moradia, as
pessoas gastam mais em bens de consumo conforme aumenta a renda. Somente em
2008, foram vendidos no mundo 68 milhões de veículos, 85 milhões de
refrigeradores, 297 milhões de computadores e 1,2 bilhão de telefones
celulares.
Para produzir tantos bens, é
preciso usar cada vez mais recursos naturais. Entre 1950 e 2005, a produção de
metais cresceu seis vezes, o consumo de petróleo subiu oito vezes e o de gás
natural, 14 vezes. Atualmente, um europeu consome em média 43 quilos em
recursos naturais diariamente - enquanto um americano consome 88 quilos, mais
do que o próprio peso da maior parte da população.
Além de excessivo, o consumo é
desigual. Em 2006, os 65 países com maior renda, em que o consumismo é
dominante, foram responsáveis por 78% dos gastos mundiais em bens e serviços,
mas contam com apenas 16% da população mundial. Somente os americanos, com 5%
da população mundial, ficaram com uma fatia de 32% do consumo global. Se todos
vivessem como os americanos, o planeta só comportaria uma população de 1,4
bilhão de pessoas. A pior notícia é que, nem mesmo um padrão de consumo médio equivalente
ao de países como Tailândia ou Jordânia, seria suficiente para atender
igualmente os atuais 6,8 bilhões de habitantes do planeta. Tamanha voracidade
sobre os recursos naturais do planeta são evidentemente insustentáveis.
Sem uma mudança cultural que
valorize a sustentabilidade não haverá esforços
governamentais ou avanços tecnológicos capazes de salvar a humanidade dos
riscos ambientais e de mudanças climáticas.
Fátima Cardoso, do Instituto
Akatu
2 comentários:
O consumismo desenfreado é terrível! Um texto oportuno, Tetê.
Penso que devemos consumir o necessário p uma vida digna, sem esbanjamento...
Um bj
Um consumismo assim, age como uma praga. Sem que as pessoas se deem por conta ele vai se alastrando cada vez mais e as pessoas só parecem ver e pensar em cifrões.Pena! bjs, tudo de bom,chica
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